Recriar a imagem do Instituto Maternidade Consciente foi um projeto muito bacana. Além de possuir uma proposta de trabalho incrível que impacta no bem estar das pessoas, o Instituto possuía uma imagem interessante: Uma flor com diversas pétalas e uma paleta de cores legal, porém extensa. A ideia era ampliar o escopo do Instituto, que possui projetos que começam pela maternidade e se estendem para diversas outras propostas terapêuticas. E o fio condutor dessa busca é o equilíbrio e a transformação.
Partindo dessas ideias começamos explorando algumas ideias simples como espirais, Fibonacci e fractais. E como é difícil ser original quando se fala de espirais! É impressionante a quantidade de logotipos que usam essas ideias. Exploramos uma infinidade de variações e acabamos utilizando a primeira ideia que testamos e que funcionava muito bem.
Quanto as cores, o logotipo anterior possuía mais ou menos 52 tons, muitos dos quais eram bastante parecidos. Comecei agrupando essas cores e eliminando os tons mais próximos, depois destaquei os que melhor funcionavam juntos. E aqui eu procurei fazer algo que considero essencial quando trabalho com temas humanos: Destacar cores que representam diversos tons de pele e de pessoas. O que é muito importante mesmo quando criamos um logotipo que é essencialmente uma imagem simples que transmite significados complexos. Feito isso, equilibrei as cores para utilizar na identidade visual como um todo. Fiz alguns testes de aplicação no logotipo até chegar numa combinação que fosse ao mesmo tempo harmônica e gerasse a ideia de movimento. Também gerei alguns pares de cores que culminaram nas imagens em degrade feitas para utilizar como fundos de publicações em mídias sociais e apresentações.
A escolha de fontes foi muito tranquila. Originalmente não havia um trabalho de fontes específico, então tive muita liberdade para pensar, a única observação aqui é que o Instituto queria ter uma fonte escrita a mão para algumas aplicações. Como a maior parte do conteúdo produzido pelo Instituto é para uso em redes sociais, eu comecei testando fontes sem serifa, que são mais confortáveis de ler em telas. E gradualmente fui em direção às fontes slab, as quais eu ando muito fã. Elas são muito versáteis, fazem uma ponte legal entre as fontes com e sem serifa, tem um visual moderno com um quê de nostalgia que lembra as fontes de algumas das últimas máquinas de escrever. O que culminou com a escolha da fonte Museo, uma fonte extremamente elegante que não chega a ser slab mas tem um pézinho lá (e tem na família uma versão slab!).
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