A inspiração pode vir de muitos lugares. Gosto muito de observar a cidade e ela frequentemente me recompensa das maneiras mais simples e inusitadas. Eu a observo de maneira quase fetichista e ela me responde na língua que mais gosto de escutar, ela sempre me fala da história da arte.
Quando conheci a esse quarteto me encantei, não apenas pelos milhares de pontos em comum e pelas inúmeras conversas que sei que ainda teremos sobre os mais diversos assuntos, mas pela incrível ternura e delicadeza. Ao mesmo tempo, havia essa sensação de que conversava personagens queridos, materializados dos meus gibis de infância, de uma tela de pintura do Vermeer ou de uma foto do Avedon.
Juntos, bebemos dessa ideia de estar na cidade, da poesia do quotidiano, do caminhar pelas ruas tão tipicamente paulistanas, observados pelo olhar de um passante. Ao mesmo tempo que com aquela leve estranheza de quem se distingue do lugar e salta aos olhos, como assistir Alice no País das Maravilhas. O que eu não sabia é que essa ternura nunca me permitiria separar o quarteto, o cenário e o olhar de fora da cena.
Queridos, obrigado por me deixarem estar lá nesse momento.
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